Empresa de Leopoldina tornou-se autossuficiente no consumo de energia
LEOPOLDINA
Publicado em 01/12/2016

 

Uma empresa do setor de contabilidade e gestão empresarial, localizada no município de Leopoldina, é uma das pioneiras na região e a primeira na cidade a ser autossuficiente em energia elétrica através da tecnologia solar fotovoltaica, gerando 100% de seu consumo. Trata-se da Semar Assessoria Contábil, que investiu em equipamentos e na instalação de sua própria usina de energia. 

O empresário Pedro Augusto Machado Monteiro pagava um valor considerável em sua conta de energia elétrica e hoje desembolsa apenas o custo de disponibilidade.  No local onde funciona, foram instaladas 36 paineis num espaço de 70m2, que convertem a luz do sol em eletricidade. Um equipamento chamado inversor transforma a corrente contínua gerada nos módulos, para alternada, produzindo uma média de 1500 Kwh por mês, alimentando todo escritório, que inclui além de toda a iluminação em led, dezenas de computadores interligados num servidor, sistema de ar condicionado que refrigera diversas seções e uma central de processamento de dados que permanece ligada 24 horas por dia.
 A energia solar captada abastece também um amplo sistema de rede de computadores. 

Toda geração excedente vai para rede de energia que passa no poste da rua, sendo contabilizado no relógio, podendo ser utilizada em momentos com pouca irradiação solar e a noite.  A redução da conta de luz possibilita o pagamento das parcelas do financiamento, e a partir de quatro anos, a empresa terá o retorno sobre o investimento, proporcionando uma expressiva economia.

Na Zona da Mata, área de concessão da Energisa, empresa distribuidora de energia elétrica, nove pessoas jurídicas são autossuficientes em energia solar fotovoltaica. Em Leopoldina, apenas uma faz parte dessa estatística – que inclui as cidades de Astolfo Dutra, Itamarati de Minas, Ubá, Guiricema, Laranjal e três em Muriaé. 

O Ministério de Minas e Energia (MME) aponta para o esgotamento do potencial hidrelétrico entre 2025 e 2030, portanto, as fontes solares já são encaradas como opção para o futuro da matriz energética brasileira. Apesar do Brasil ser considerado um país com condições climáticas favoráveis para implementação desta tecnologia, outros países como China, Estados Unidos, Japão e Alemanha destacam-se na participação individual na instalação deste sistema.  

Na Alemanha, por exemplo, em dias de muito calor, quase a metade de toda energia consumida no país, é proveniente do sol. Técnicos do setor afirmam que no Brasil, o pior lugar para produzir energia solar é vinte vezes mais eficiente do que o melhor lugar na Alemanha. O cenário de nosso país está mudando, e as expectativas para os próximos anos são positivas, tendo em vista a preocupação internacional com o meio ambiente. Segundo a ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica, até 2024 os telhados do Brasil estarão gerando energia mais do que as usinas nucleares de Angra I e II juntas.

A partir da publicação das resoluções normativas da ANEEL nº 482/2012 e 687/2015, que estabelecem condições para o acesso de micro gerações distribuídas na rede como um sistema de compensação, aumentaram os incentivos para o setor.  Outro avanço significativo foi a isenção do ICMS em alguns estados para a energia gerada em casa. Alguns municípios têm concedido descontos no IPTU para quem transformar o próprio telhado em uma pequena usina de energia, podendo este abatimento chegar em até 80%, de acordo com a redução do consumo.
 
Fonte: Jornal Leopoldinense
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