Com as chuvas a cidade está mais higienizada. Os córregos foram lavados e o mau cheiro sumiu. Para conferir é só observar o Feijão Cru pelas pontes, das ruas ou de casa. O esmo acontece com outros córregos que cortam nossos bairros fora do centro da cidade.
O problema sobre a sujeira em nossos córregos só será resolvido com a canalização e tratamento do esgoto. O custo é alto, mas nos últimos anos se falou, noticiou muito, sobre recursos liberados pelo governo federal para a obra. Hoje não se fala mais no dinheiro, cerca de 50 milhões de reais, ou se o projeto, o processo, ainda existe.
A expectativa em relação ao novo prefeito de Leopoldina é grande. A temperatura anda alta e quase ninguém arrisca uma opinião com o mínimo de segurança. Há poucos dias houve um entusiasmo por uma notícia de que o prefeito Zé Roberto teria sido vitorioso ou conquistado importante vitória em Brasília. A euforia de seus correligionários passou logo e a expectativa dos liderados de Brenio Coli foi reacendida imediatamente.
É uma situação, na minha opinião, ruim para Leopoldina. O prefeito, que teve mais votos na eleição, não pode projetar nada seguramente para o ano que vem. Não sabe se toma posse. Seu opositor vive drama parecido, já que tem a possibilidade de ser empossado em janeiro ou disputar outra eleição.
O eleitor, a população, deve estar pensando até quando vai essa disputa na área judicial. Os mais ligados aos candidatos e à vida da cidade certamente ficam a pensar como andam as cabeças de Zé Roberto e Brenio Coli.
Outra lógica que o leopoldinense deve estar questionando é quanto custa a tramitação de um processo como este, que depois da decisão local foi para Belo Horizonte e agora Brasília.
Na minha opinião os honorários advocatícios não serão nada entre 5, 10 ou 15 mil reais. Será muito mais. E pode ser muito mais mesmo.
PGR deve pedir abertura de investigação no caso Geddel
A Procuradoria Geral da República (PGR) deve pedir a abertura de investigação sobre o ministro Geddel Vieira Lima, da Secretaria de Governo, no caso relacionado ao polêmico empreendimento imobiliário, em Salvador.
Inicialmente, o pedido de investigação deve se ater às pressões de Geddel Vieira Lima, um suposto tráfico de influência. A situação do presidente Temer, que diz ter tentado apenas arbitrar o conflito entre os ministros, e de Padilha ainda serão analisadas, segundo apurou o Blog.
Geddel comprou um apartamento no empreendimento, mas a obra foi embargada pelo Iphan, órgão subordinado ao ministério da cultura, em razão de estar localizado em uma área tombada como patrimônio cultural da União, sujeita a regramento especial.
O ex-ministro da Cultura Marcelo Calero afirmou que o motivo principal de sua saída da pasta, na última sexta-feira (18), foi a pressão que sofreu do titular da Secretaria de Governo para liberar a construção do prédio. Após deixar a Esplanada dos Ministérios, Calero deu uma entrevista ao jornal "Folha de S.Paulo" denunciando o caso.
Em depoimento à Polícia Federal na última quarta-feira (23), Calero afirmou que o presidente Michel Temer o "enquadrou" para que ele enviasse o processo sobre o condomínio da capital baiana para a Advocacia-Geral da União (AGU).
Ele relatou ainda aos policiais que o presidente lhe disse que "a política tinha dessas coisas, esse tipo de pressão". Calero também contou que recebeu ligações do ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, sobre o tema.
O depoimento do ex-ministro da Cultura à PF foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o encaminhou para a análise da PGR.
Por José Geraldo Gué