LEOPOLDINA: Quase a metade dos candidatos ao legislativo não declararam bens ao TSE
LEOPOLDINA
Publicado em 08/11/2020

 

A disputa eleitoral para as 15 vagas disponíveis no legislativo leopoldinense pode em tese contar com o poder de bens e finanças dos candidatos? Como ocorre nas campanhas da maioria dos candidatos em todo país, os recursos do partido ficam por conta de custear geralmente os materiais impressos, que quase sempre são poucos, não sendo distribuídos igualmente e possuem um pequeno significado financeiro na divisão entre os candidatos.

 

Porém, os candidatos que possuem recursos financeiros, bens ou dispõe de colaborações podem alçar situações melhores na campanha. Isso funciona de acordo com o poder de contagiar muitas pessoas em campo, distribuindo panfletos, carros de som, adesivos, publicidades contratadas e além do trabalho nas mídias sociais. Todo esse aparato pode fazer a diferença para quem tem um pouco mais de recursos financeiros ou material humano e com o uso correto das ferramentas, o resultado pode ser promissor.

Analisamos nos últimos dias as 6 chapas majoritárias para prefeitos e chegamos ao final de uma outra árdua pesquisa com mais de 320 candidatos a vereadores, logrando êxito com informações públicas disponíveis a qualquer cidadão no site do TSE.

Ao final da pesquisa, tivemos a surpresa de contemplar as 17 legendas  com candidaturas em Leopoldina, onde registramos 153 candidaturas que não registraram bens. As legendas com menores índices de candidaturas sem registros de bens ficou com a REDE e Republicanos, ambas com 3 candidaturas. Já as legendas do PL registrou o maior índice, 16, o PV 15 e o PP com 13 foram os maiores dados.

Outra informação curiosa ficou por conta das legendas milionárias, ou as que possuem candidatos com patrimônio superior a 1 milhão de reais. As siglas PODE, PSB, PSL e REPUBLICANOS tem ao menos 1 candidato com patrimônio que varia entre 1,038 mil reais e 2,319 milhões.

Também, a somatória das legendas nos trouxeram dados bem curiosos, como iremos elencar abaixo, onde descobrimos o total de candidatos que não registraram bens em cada legenda e o total de bens declarados pelos candidatos em cada uma delas, confira:

  • AVANTE R$ 344.000,00 (10 não declararam bens)
  • DEM - R$ 1.262.222,55 (9 não declararam bens)
  • PCdoB - R$ 544.634,39 (9 não declararam bens)
  • PDT - R$ 2.305.488,19 (6 não declararam bens)
  • PL - R$ 1.469.053,92 (16 não declararam bens)
  • PODE - R$ 2.139.677,56 (9 não declararam bens)
  • PP - R$ 493.936,35 (13 não declararam bens)
  • PSB - R$ 3.030.217,74 (8 não declararam bens)
  • PSC - R$ 437.548,44 (11 não declararam bens)
  • PSD - R$ 1.588.678,48 (8 não declararam bens)
  • PSDB - R$ 487.213,90 (5 não declararam bens)
  • PSL - R$ 3.249.418,39 (9 não declararam bens)
  • PT - R$ 1.204.000,34 (9 não declararam bens)
  • PTB - R$ 455.726,59 (10 não declararam bens)
  • PV - R$ 1.857.062,81 (15 não declararam bens)
  • REDE - R$ 2.191.300,00 (3 não declararam bens)
  • REPUBLICANOS - R$ 3.051.062,78 (3 não declararam bens) 
Entre as legendas, o AVANTE possui a menor somatória de bens declarados, com apenas 344 mil reais e o PSL com a maior somatória chegando a 3,249 milhões de reais. Partidos tradicionais em todo país como DEM, PDT, PSDB, PT e PTB não ficaram com números diferentes, apenas o último destoou um pouco, mas deixaram de ser partidos de destaques em questões financeiras por parte dos seus membros.
 
Outra análise a ser feita em relação aos bens declarados, encontramos o poder de cada chapa para as eleições programadas para o próximo domingo dia 15 de novembro. Abaixo analisamos os nomes dos candidatos a prefeito e a base de apoio, que em tese cada um possui.
  • Breno Colli e Jacques Vilela somam R$ 934.398,65, além de outros R$ 7.640.066,78 entre candidatos a vereadores que formam apoio da chapa, elevando o total para R$ 8.574.465,43.
  • Cláudia Conte e Aristides somam R$ 1.059.000,00, além de outros R$ 1.204.000,34 entre candidatos a vereadores que formam apoio da chapa, elevando o total para R$ 2.263.000,34.
  • Kélvia Raquel e Thiago Toledo somam R$ 83.388,59, além de outros R$ 4.668.117,08, entre candidatos a vereadores que formam apoio da chapa, elevando o total para R$ 4.751.505,67.
  • Marcos Paixão da Rádio e Ronilson do ônibus soma R$ 199.000,00, além de outros R$ 2.735.934,39, entre candidatos a vereadores que formam apoio da chapa, elevando o total para R$ 2.735.934,39.
  • Pedro Augusto e Totonho Pimentel somam R$ 2.846.352,37, além de outros R$ 1.469.053,92, entre candidatos a vereadores que formam apoio da chapa, elevando o total para R$ 4.315.406,29.
  • Ricardo Paf Pax e Dr. Marco Antonio somam R$ 3.306.193,54, além de outros R$ 8.394.069,92, entre candidatos a vereadores que formam apoio da chapa, elevando o total para R$ 11.700.263,46.
 
"Em tese, a junção de tantos recursos próprios, mesmo com os limites da lei para o teto de gastos de cada campanha, ainda sim, será possível se valer de todos os recursos informados e conquistar uma vaga?"
 
 
Ao final, é possível observar que todo o aparato individual das campanhas pode fazer a diferença na hora de levar propostas aos eleitores, e com estes aparatos toda publicidade disponível. Ao final, as campanhas dos vereadores somam cerca de R$ 26,111 milhões de reais em bens declarados, enquanto os candidatos a prefeitos somam 8,428 milhões de reais, elevando a casa dos 34,5 milhões de reais com os candidatos a prefeito.
 
 
 
Fonte: Leopoldina News com dados do TSE - com colaboração de A. Oliveira
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