Othon Valentim, Atleta Olímpico nos Jogos do Japão de 1964, encerrará a condução da Tocha em Leopoldina
LEOPOLDINA
Publicado em 16/05/2016

 

Othon Valentim Filho, um dos desportistas mais famosos da Athenas da Zona da Mata será o último dos condutores da Tocha Olímpica em solo leopoldinense. Ele receberá a Tocha em frente ao Terminal Rodoviário da cidade e fará o percurso final até o Pórtico, de onde a comitiva seguirá viagem para Muriaé, encerrando sua passagem por Minas Gerais.

TOCHA OLIMPICA LEOPOLDINA REVEZAMENTO O VIGILANTE ONLINENascido em Leopoldina, onde morava com sua família na Rua das Flores, Othon está com 71 anos, em plena forma. Reside no Rio de Janeiro, onde corre 8 Km por dia na praia de Botafogo, faz musculação quatro vezes por semana e está cheio de saúde.

No começo da entrevista Othon revelou que começou sua trajetória sonhando. “Talvez aos 7 anos já era apaixonado por futebol, não me descuidava dos estudos, fui um bom aluno. Meu sonho foi sempre jogar no Botafogo, à princípio, e depois na Seleção Brasileira. À noite, após minhas orações, eu me via jogando no Botafogo”, contou.

Foto do arquivo pessoal de Othon Valentim.

Foto do arquivo pessoal de Othon Valentim.

No começo da carreira, ainda no interior, jogou no Ribeiro Junqueira e no Rosário Central em Leopoldina, onde deixou grandes amigos. E foi num dos jogos pelo Ribeiro Junqueira, enfrentando o Botafogo, que o pessoal do clube carioca o viu jogar e o levou para o Rio de Janeiro. Othon estava com 17 anos. Foi tricampeão juvenil com o Botafogo jogando com Jairzinho e algumas pessoas famosas, depois foi guindado ao time principal, onde jogou ao lado de Garrincha, Nilton Santos, Jairzinho, Zagalo, Amarildo e Gerson, entre outros craques, que ficaram conhecidos mundialmente. Foi campeão pan-americano sub 20 pelo Brasil em 1963 e seleção olímpica nos Jogos Olímpicos do Japão em 1964, na cidade de Tóquio.

Em 1965, enfrentou grande sacrifício em sua carreira devido a uma lesão no joelho. Neste ponto da entrevista Othon abre um parêntesis para reverenciar o Professor Getúlio Subirá, falando da importância do saudoso professor em sua vida: “Pela sua idoneidade, pelo seu caráter, pelo seu coração”, destacou.

Além do Botafogo, Othon Valentim jogou no Internacional de Porto Alegre, Bahia, Goiânia, foi para a Colômbia onde jogou com grandes nomes do futebol brasileiro, como Paulo Cesar Caju antes dele ir pra Seleção Brasileira, Escurinho ponta do Fluminense e Dida, que foi um dos maiores ídolos do Flamengo. Voltou para o Botafogo e depois percebeu que não dava mais pra jogar em função do problema do joelho. Encerrou sua carreira de jogador aos 27 anos, indo para a Educação Física.

Ao narrar a fase em que decidiu ingressar na Faculdade de Educação Física, Valentim aproveitou para fazer um agradecimento aos seus professores do então Grupo Velho  e do Ginásio – Escola Estadual Professor Botelho Reis, pela sua preparação, que lhe proporcionou a aprovação no vestibular em 1º lugar.

Daí já comecei a trabalhar no Botafogo e fiz questão de subir todos os degraus possíveis pra angariar cada vez mais conhecimentos naquela profissão que eu pretendia ser, de treinador. Aí eu fui treinador de goleiros, preparador físico de todas as divisões de base do Botafogo e preparador e auxiliar técnico da divisão principal, para depois assumir em 1981 o time principal do Botafogo. Do Botafogo eu fui pro Americano, do Americano para o Kwait, do Kwait eu fui pra Arábia Saudita, depois dirigi o Goiás, o Goiânia, o América Mineiro, e meu último clube foi a Arábia Saudita”, esclareceu. Nesta ocasião, Othon substituiu o treinador Zagalo no comando do Al-Hilal. Em 1989 dirigiu o Fluminense “onde fui muito respeitado, muito bem tratado. Dos 13 jogos que dirigi perdi apenas um, apesar de todas as dificuldades enfrentadas pelo Fluminense naquela ocasião”, acrescentou o técnico. “Hoje eu torço contra a injustiça no futebol, à favor dos desportistas”, afirmou Othon Valentim.

Fonte: O Vigialnte Online

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