Condição precária de marquise que desabou em cima de pedestre foi avisada por lojista; estrutura ainda não foi demolida
REGIÃO
Publicado em 26/11/2024

 

Parte da marquise que desabou na parte baixa da Rua Floriano Peixoto, no Centro de Juiz de Forasegue aguardando demolição. O acidente ocorreu na última quinta-feira (21) e resultou na morte do professor de guitarra, Thiago Ramon de Freitas, de 38 anos.

 

condição precária da estrutura foi alertada ao proprietário do imóvel, que abriga um hotel e lojas comerciais. Os estabelecimentos seguirão interditados até que a marquise seja completamente demolida. Pelas redes sociais, o inquilino de uma loja de artigos religiosos que funciona embaixo da marquise que caiu informou que "desde que identificamos o estado precário da estrutura, notificamos a proprietária diversas vezes sobre a necessidade de urgência de reparo. No entanto, as providências não foram tomadas, necessitando nesse lamentável acontecimento".

 

A reportagem tenta contato com o dono do imóvel e advogados. O espaço segue aberto para esclarecimentos. Nesta segunda, operários de uma empresa terceirizada pela Prefeitura de Juiz de Fora realizaram a instalação de tapumes para evitar que escombros caiam no asfalto.

Na tarde de sexta-feira (22), parte da marquise que caiu foi escorada para evitar novos desabamentos, no entanto, para a completa demolição, o local vai precisar de uma proteção.

g1 entrou em contato com a Administração municipal para pedir detalhes sobre os trabalhos que precisam ser feitos até a demolição da história e questionou o porque de não ser o proprietário do imóvel que está realizando os reparos necessários, mas não houve retorno até a última atualização desta matéria. Condição das marquises da área central é discutida

 

O desabamento da marquise chamou a atenção para a condição das estruturas de concreto, que estão espalhadas em toda a cidade, principalmente na área central.  A Prefeitura informou que, em 2024, foram fiscalizados 508 edifícios em Juiz de Fora, emitidos 321 termos de intimação, além de 71 autos de notificação e 32 autos de infração.

Segundo a engenheira e diagnosticadora Cíntia Gerhaim, coberturas como a que desabou são consideradas condenadas.

 

Câmara Municipal aprovou uma representação para que o Corpo de Bombeiros, em parceria com o poder público municipal, realize uma operação de vistoria técnica para avaliar as condições das marquises em toda a região central da cidade, onde há uma maior concentração de edificações antigas.

Conforme o documento, assinado por 12 vereadores, o objetivo é prevenir futuros acidentes fatais, orientar os proprietários desses imóveis sobre a necessidade de reparos e garantir mais segurança a todos que circulam pelas ruas.

 

 

Fonte: G-1 Zona da Mata

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