O casal Caroline de Paula Dini e Igor Resende Lana foi condenado a 36 anos de prisão pela morte de Elídia Geraldo, encontrada morta 20 dias após ter desaparecido em Ubá. O crime ocorreu em 2019, e a jovem tinha 19 anos na época. Durante o júri popular, realizado na quarta-feira, 26 de setembro, os dois responderam por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. A pena imposta a cada um foi de 18 anos.
Caroline de Paula segue presa na Penitenciária José Edson Cavalieri, em Juiz de Fora, desde 19 de março de 2020. Já Igor Resende permanece no Presídio de Ervália, onde deu entrada no dia 1º de abril de 2022. A defesa dos réus ainda não se manifestou sobre se vai recorrer do resultado.
Em nota, o advogado da família de Elídia Geraldo, André Squizzato, disse que a ‘justiça necessária para superar essa história tão violenta foi feita’. Ele explicou, ainda, que ‘não se trata de ter vencedores ou vencidos, mas sim de ter alcançado, dentro dos limites legais, a justiça’.
Relembre o crime
O g1 teve acesso ao relatório final da investigação da Polícia Civil que descreve como foi o crime. Veja abaixo:
☛ No dia 2 de julho de 2019, Caroline, Igor e a vítima foram a uma festa na cidade de Ubá.
☛ Após o evento, eles se deslocaram até o Instituto Estadual de Florestas (IEF).
☛ Os três foram até a área do matagal para usar drogas, onde Caroline e Elídia entraram em luta corporal.
☛ Caroline asfixiou a vítima até a morte.
☛ Após o crime, Caroline tirou a calça e a roupa íntima de Elídia para que a polícia achasse que a vítima tinha sido estuprada.
☛ Ela ainda cobriu o corpo de Elídia com mato para esconder o corpo.
☛ Igor Resende teria presenciado o crime e ajudou a esconder Elídia.
☛ O corpo da jovem foi encontrado 20 dias depois pelo tio da vítima em um matagal próximo ao IEF, nas imediações da MGT-265.
Casal fazia parte da “Deep web”
Durante as investigações, a polícia encontrou provas de que o casal também cometia crimes cibernéticos. Eles tinham envolvimento com a “deep web”, onde evidenciavam o gosto por satanismo, pedofilia, maus-tratos a animais e outros.
Ainda segundo o documento, Caroline de Paula já havia sido investigada pelo Gaeco de São Paulo, por conta da administração de um perfil da “deep web”.
Fonte: g1 Zona da Mata e site do Marcelo Lopes | Foto: Redes Sociais