O ministro do STJ derrubou o sigilo da decisão após o cumprimento dos mandados destinados à Polícia Federal (PF).
A investigação da PF mostra, em um dos contratos, que: “…ao confrontar com as notas fiscais de aquisição de produtos, foi verificado que a empresa em comento não adquiriu produtos suficientes para cumprir integralmente o objeto contratado, o que ocasionou um prejuízo de pelo menos R$ 1.852.778,78. Ao conduzir vistoria na sede da empresa, foi verificado que o imóvel por ela ocupado anteriormente não dispunha de câmara frigorífica, estrutura indispensável para o suposto armazenamento dos trinta mil frangos congelados que teriam sido alegadamente distribuídos”.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, o “esquema consistiu na contratação de um grupo de empresas previamente selecionadas, muitas delas constituídas há pouquíssimo tempo, ou com objeto social distinto do fornecimento de alimentos, as quais, doravante, receberiam a totalidade do valor contratado, sempre em somas de grande vulto, entregando, em contrapartida, apenas parte do quantitativo estipulado, tendo havido a inexecução parcial ou até mesmo integral dos contratos de fornecimento”.
O grupo criminoso teria movimentado aproximadamente R$ 38 milhões do dinheiro público. Wanderlei Barbosa nega qualquer irregularidade e afirma não ter autorizado as despesas relacionadas ao programa de cestas básicas investigado pela PF.
Fonte: Gazeta Brasil