Juiz de Fora está entre as 10 cidades do país com maior população morando em áreas de risco de enchentes e deslizamentos
REGIÃO
Publicado em 01/07/2024

 

Juiz de Fora é a 9º cidade do Brasil com maior população em área de risco de deslizamentos, enchentes e enxurradas, de acordo com o levamento realizado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

O estudo faz parte da Nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal e avalia a relação das cidades do país com maior suscetibilidade de deslizamentos e enchentes, considerando o número de pessoas que moram nas áreas mapeadas como de risco geo‐hidrológico.

 

Ainda de acordo com o Cemaden, Juiz de Fora é a terceira cidade de Minas Gerais com população em área de risco, atrás apenas de Belo Horizonte e Ribeirão das NevesAo todo, 1.942 cidades brasileiras estão na lista.

 

Segundo o levantamento, de 2023, dos 540.756 habitantes juiz-foranos, 128.946 ou 23,7% dos moradores estão em áreas consideradas que apresentam algum risco de deslizamento, enchente e enxurrada.

 

O engenheiro ambiental Luiz Evaristo de Paiva explica que o relevo de Juiz de Fora tem uma característica particular de contar com a topografia acidentada, incluindo morros e encostas, o que favorece a chance de riscos:

 

 

 

"Por isso, as construções sobre essas áreas devem ter cuidados especiais, do dimensionamento da estrutura, que chamamos de alicerce, até o bom dimensionamento dos pilares, vigas e lajes, para que a estrutura fique bem sólida sobre o terreno", explicou.

 

Ele explica que outra alternativa extremamente importante são muros de arrimos para conter essas encostas, em medidas estruturais:

 

"Além disso, é importante procurar a orientação de um profissional técnico ou mesmo a Defesa Civil para que o interessado possa construir a moradia de forma segura e resistente", orientou.

 

 

Prefeitura diz que monitora áreas de risco

 

Em nota, a Prefeitura informou que a Defesa Civil passou por processo de reestruturação, com adoção de medidas de monitoramento das áreas de risco. Conforme a pasta, são realizadas “vistorias preventivas e de monitoramento semanalmente, nas quais é possível orientar a população e encaminhar ações necessárias para redução do risco, como a implantação de leiras para desvio das águas pluviais, calafetação de trincas e a instalação de lonas”.

 

Ainda segundo a Prefeitura, como órgão gestor de risco, a Defesa Civil coordena o Plano de Contingência Para o Período Chuvoso, que estabelece um conjunto de medidas que devem ser colocadas em ação em casos de emergência e garante mais efetividade às ações de resposta.

A nota também reforçou as recentes obras de contenção e drenagem realizadas, como os trabalhos executados nos bairros Industrial, Santa Luzia, Dom Bosco, Benfica e na Rua Cesário Alvim.

 

Fonte: G-1 Zona da Mata

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