O secretário de estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Bacheretti, admitiu que o estado está com menos profissionais de pediatria do que o necessário em cidades do interior. A declaração vem em um momento no qual os mineiros se preparam para enfrentar uma onda de doenças respiratórias. O chefe da Saúde mineira participou da comemoração dos dois anos do Hospital Icismep 272 joias nesta sexta-feira (17).
A falta de profissionais não está na Fhemig, conforme Bacheretti, mas sim em outros hospitais. A grande dificuldade são pediatras com residência médica. "Estamos em Brasília pedindo para aumentar as residências. Não adianta formar médicos se a gente não tem especialista, para termos nas UPAs e nos hospitais", argumenta.
Bacheretti espera um aumento de 80% na demanda de atendimento de doenças respiratórias nos hospitais neste ano, o que, segundo ele, está dentro do normal. O chefe da pasta diz que a Secretaria de Estado de Saúde monitora a situação no estado para avaliar a necessidade de abertura de leitos de CTI. A quantidade varia de acordo com a cidade.
"Nosso gargalo é menos UTI adulto e mais UTI infantil. Precisamos de uma abertura sazonal. Estamos conseguindo abrir leitos em cidades como Araguari, Divinópolis, outras regiões do estado como Montes Claros e Taiobeiras. São leitos que abrem por dois ou três meses e depois regridem, porque o aumento é só agora", explica.
Conforme o secretário, já foram abertos no estado cerca de 40 leitos de CTI e entre 50 e 100 leitos de enfermaria. Além dessas medidas, a pasta de Saúde mineira pretende investir na vacinação contra a covid-19 e a gripe. Bacheretti também faz um alerta para os pais de crianças para conter o avanço das doenças respiratórias no estado.
"Não levar crianças com sintomas gripais para a escola. Ali sim especialmente é a transmissão, principalmente nesses dois meses", adverte.
Fonte: Jornal O Tempo