O governo de Minas Gerais anunciou que está tomando as medidas necessárias para punir os servidores públicos e empresas envolvidas em supostas irregularidades na construção dos prédios da Cidade Administrativa.
Desde sexta-feira (10/5), servidores estão em "teletrabalho" por causa de possíveis falhas estruturais na construção dos prédios que provocaram o fechamento de 54 elevadores no local.
De acordo com o governo mineiro, as atuais falhas foram provocadas por “desvios no projeto original” e “vícios construtivos na fixação dos pilares de sustentação dos elevadores”, ocorridos durante a construção do espaço em 2010.
“Desde o início da atual gestão, o Governo de Minas, em um trabalho coordenado pela Controladoria Geral do Estado (CGE-MG), realizou a celebração de três Acordos de Leniência com as empresas que atuaram na construção da Cidade Administrativa. A partir da colaboração das empresas, que confirmaram em depoimentos e documentos comprobatórios o envolvimento de funcionários públicos e de empresas privadas em ações e práticas que resultaram em danos financeiros ao erário, incluindo desvio de recursos do Tesouro Estadual, a CGE instaurou os procedimentos necessários para viabilizar a punição dos responsáveis”, diz o governo. Na última sexta-feira (10/5), um inquérito foi instaurado na Polícia Civil para apurar as responsabilidades.
Atendimento a público segue limitado
O atendimento aos cidadãos que precisam dos serviços disponibilizados pelo governo na Cidade Administrativa segue com limitações, mas o governo diz que o registro e tratamento de demandas segue sendo feito nas UAIs e canais de contato virtual do governo. “O protocolo, que funciona no primeiro andar do prédio Gerais, está mantido. Os demais serviços estão suspensos temporariamente e terão o funcionamento informado posteriormente”, diz.
O espaço de convivência e praça de alimentação da Cidade Administrativa, no entanto, funciona normalmente, mesmo com a queda de pessoas trabalhando no local. O governo diz que informou aos prestadores de serviço sobre a atual situação, mas que “quaisquer possíveis mudanças devem seguir as previsões contratuais”.
“Somente após a análise de todos os questionários de trabalho a serem respondidos pelos órgãos que atuam na Cidade Administrativa serão traçadas diretrizes relativas a eventuais alterações no funcionamento dos comércios instalados no complexo — bem como do transporte coletivo que atende o local”, avalia o governo mineiro.
Fonte: Jornal O Tempo