As provas do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) estão adiadas em todo o país devido à tragédia no Rio Grande do Sul. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (3) pelo Governo Federal. O certame, o maior a ser realizado no Brasil, estava marcado para domingo (5). Não há previsão para uma nova data.
Um pronunciamento foi feito pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck. Segundo ela, mais de 200 mil pessoas trabalhariam durante a realização da prova, que conta com 2,6 milhões de inscritos.
"O cenário na região Sul foi se agravando a cada hora e percebemos que vivemos algo sem precedentes. Só no Rio Grande do Sul seriam mais de 100 mil pessoas envolvidas, entre candidatos e pessoas trabalhando".
Conforme Esther Dweck, a decisão ocorreu após acordo com a Advocacia-Geral da União (AGU) e Ministério Público da União (MPU) para que se tivesse respaldo jurídico. "A solução mais segura para todos os candidatos de todo o país é o adiamento da prova".
Também nesta sexta, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, informou que o adiamento teria um custo de R$ 50 milhões. “São mais de 2,5 milhões de inscritos em todo o país".
Conhecido como "Enem dos Concursos", o Concurso Nacional Unificado é o com o maior número de candidatos já realizado no país. Em todo o Brasil, serão 3.665 locais de aplicação e 75.730 salas. Ao todo, 2,144 milhões de candidatos inscritos no processo seletivo disputarão 6.640 vagas oferecidas por 21 órgãos públicos federais.
Tragédia no Rio Grande do Sul
Boletim da Defesa Civil estadual divulgado na manhã desta sexta-feira contabiliza 31 mortes em decorrência das chuvas no Rio Grande do Sul. Há ainda 74 pessoas desaparecidas e 56 feridos. Até o momento, 235 municípios foram afetados pelos temporais, totalizando 351.639 pessoas afetadas. Dessas, 17.087 estão desalojadas e 7.165, em abrigos. Os números, de acordo com o governador Eduardo Leite, devem subir ao longo dos próximos dias.
Fonte: Hoje em Dia