Servidores da segurança pública de Minas Gerais se reuniram em frente à residência do governador romeu Zema, em Belo Horizonte, na tarde desta quarta-feira (24), para reivindicar a recomposição das perdas inflacionárias da classe. Segundo o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sinpol-MG), cerca de 50 pessoas compareceram à manifestação.
Os policiais levaram uma faixa escrita: "Zema mentiroso, deu calote nos servidores da segurança" e gritaram palavras de ordem, pedindo para que o governo de Minas Gerais cumpra com a promessa de recomposição inflacionária dos servidores.
"O Governador Romeu Zema não cumpre com sua palavra e ainda mente para a população mineira. Ele não quer ouvir os servidores públicos que pedem o mínimo, o que é de direito. É desta maneira que ele governa o estado de Minas Gerais: fugindo, com vergonha e negligenciando as entidades de classe", publicou o sindicato por meio de nota.
Uma manifestação maior foi marcada para a próxima terça-feira (30), na Cidade Administrativa. Nela, devem participar policiais civis, militares, penais e o Corpo de Bombeiros. Durante as manifestações, os policiais ainda ameaçam aderir a uma greve, conhecida como "operação tartaruga".
O que os policiais reivindicam?
Segundo os Sindipol, o salário das forças de segurança não recebe correção inflacionária há 7 anos, e já possui uma defasagem de cerca de 41%. Os servidores reclamam, ainda, que não conseguem manter um diálogo com o Governo de Minas, e pedem a abertura de uma mesa de negociação.
"Como que o policial vai trabalhar sendo que ele não tem sequer condições de recompor aquela perda que ele teve ao longo dos anos com a inflação? E o governo, infelizmente, não nos atende. O que a gente reivindica é que ele nos pague o que nos deve e pelo menos dialogue com a categoria. Os policiais estão literalmente tirando o pé do acelerador", afirmou o presidente do Sindipol, Wemerson Oliveira.
O sindicato relata, ainda, que o governo havia prometido uma recomposição inflacionária do salário divida em três parcelas, mas teria pago apenas uma em 2022.
Fonte: Jornal O Tempo