Descubra as melhores vitaminas para aumentar sua memória e proteger contra o Alzheimer
BRASIL
Publicado em 11/02/2024

 

A memória é a capacidade fundamental do ser humano de aprender, recordar e armazenar informações. Falhas na memória podem indicar problemas de atenção ou evocação, e, embora a perda leve de memória seja natural com o envelhecimento, é crucial estar atento a sinais que podem indicar doenças como o Alzheimer. Qualquer falta de capacidade geralmente é uma preocupação. Mas é importante distinguir entre os exemplares cotidianos, devido à passagem de dois anos, e os patológicos, que podem indicar algum quadro.

A demência é o resultado de diversas doenças e lesões que afetam o cérebro, conforme definição da Organização Mundial da Saúde (OMS). Afeta diferentes domínios cognitivos, como memória, linguagem, funções executivas e comportamento. A doença de Alzheimer é a causa mais comum de demência em crianças.

“Cerca de 55 milhões de pessoas sofrem de demência no mundo e entre 60% e 70% dos pacientes sofrem de Alzheimer”, disse Leonardo Palacios Sánchez, professor de neurologia da Faculdade de Medicina e Ciências da Saúde da Universidade do Rosário, na Colômbia. Seguindo estes números, até 2050, poderíamos esperar um número próximo de 145 mil pessoas afetadas em todo o mundo, afirma o Ministério da Saúde e Proteção Social da Colômbia.

Esta entidade explica que, sendo verdade que o principal fator de risco associado ao desenvolvimento da demência é a educação avançada, cada vez mais se dá atenção às estratégias de prevenção ambiental como plano de ação. Nubia Bautista, vice-diretora de Doenças Não Transmissíveis do Ministério da Saúde e Proteção Social da Colômbia, recomenda para prevenção: “Manter estilos de vida saudáveis, ser ativo física, social e intelectualmente e consultar precocemente os serviços de saúde em caso de lapsos de memória, linguagem ou comportamento após 50 anos”. Dentro dessas estratégias, a nutrição desempenha um papel fundamental.

Enquanto isso, a Associação Colombiana de Neurologia afirma que a nutrição é muito importante para a saúde geral, mas também para o funcionamento do cérebro. “Nosso cérebro, como qualquer outra parte do nosso corpo, precisa ser alimentado. Dois nutrientes são essenciais para que nosso cérebro seja saudável:

  • Água: contribui para manter as funções físicas e cognitivas normais. A desidratação afeta o desempenho cognitivo, a atenção e a coordenação motora. Portanto, uma hidratação adequada ao longo do dia é essencial. As necessidades diárias são de apenas 2 a 2,5 litros de água, dependendo de cada pessoa e idade.
  • Cálcio: ajuda a função normal da neurotransmissão.
  • Fósforo: permite o funcionamento normal das membranas celulares.
  • Ferro e zinco: promovem a função cognitiva normal.
  • Ácido pantotênico: contribui para o desempenho intelectual normal.
  • Biotina, tiamina, vitamina B6, vitamina C: auxiliam no funcionamento normal do sistema nervoso e na função psicológica normal.
  • Cobre, magnésio, potássio, vitamina B2, B12, niacina: contribuem para o funcionamento normal do sistema nervoso.

Quais são as melhores vitaminas para a memória? Para que o funcionamento celular, o crescimento e o desenvolvimento corporal ocorram adequadamente, é necessário ter uma alimentação que inclua as 13 vitaminas essenciais: vitaminas A, C, D, E, K e os demais tipos de vitamina B. Dentre elas, a que se destaca por fornecer nutrientes essenciais ao cérebro e prevenir o declínio cognitivo da vitamina B. Segundo a Clínica da Universidade de Navarra, na Espanha, “as vitaminas B1, B6 e B12 não têm funções funcionais no cérebro e, quando não ingeridas em quantidades suficientes, pode causar sérios problemas neurológicos. A deficiência de vitamina B12 causa anemia (como os sintomas normais de fadiga e apatia), pode causar distúrbios de memória e problemas nervosos, causando formigamentos e distúrbios de sensibilidade”.

E acrescenta em seu portal: “No cérebro, a deficiência de vitamina B1 pode causar problemas como a encefalopatia de Wernicke, que se caracteriza por um grave distúrbio de memória”.

Em entrevista ao portal CNBC, a psiquiatra e nutricionista da Universidade de Harvard, Uma Naidoo, garantiu que a vitamina B é a melhor para combater o envelhecimento do cérebro, pois contribui para mantê-lo jovem e saudável.

Portanto, uma alimentação rica contém tipos de vitamina B que são essenciais para melhorar a memória, a concentração e o desempenho intelectual, além de prevenir distúrbios de memória.

Por outro lado, um estudo realizado pelo Hotchkiss Brain Institute, da Universidade de Calgary, no Canadá, em colaboração com a Universidade de Exeter, no Reino Unido, determinou que a vitamina D ajuda a prevenir a demência.

No Instituto, o investigador Zahinoor Ismail relatou “resultados contraditórios”, há evidências de que “a vitamina D tem efeitos no cérebro”, especialmente se for fornecida numa situação “precoce, antes do início do declínio cognitivo”.

Quais alimentos contêm vitaminas para a memória?

Vitamina A: Segundo a Clínica Mayo, está presente em diversos alimentos, como espinafre, latina e figo. “Outras fontes são alimentos ricos em betacaroteno, como vegetais folhosos, amoras e mel. O corpo transforma betacarotenos em vitamina A”, acrescenta a clínica.

Vitaminas do grupo B: Dr. Naidoo, também autor do livro “O que al food faz como o tu cerebro”, mencionou que a vitamina B é fácil de incorporar na alimentação diária e recomenda alguns alimentos ricos nesse nutriente, como ovos, leguminosas, sementes de girassol e vegetais de folhas verdes.

Vitamina B1: Também conhecida como tiamina, contribui para a transformação dos alimentos em energia e para a absorção da glicose no cérebro, sendo essencial nas conexões dos neurônios. Alguns alimentos que contêm essa vitamina são gergelim e sementes de girassol, carne de porco ou macadâmia, entre outros.

Vitamina B3: Participa na produção de neurotransmissores. A lista de alimentos que contém esse nutriente é carne bovina, frango e pimentão, entre muitos outros.

Vitamina B6: Participa na produção de energia e clareza mental. Segundo o National Institutes of Health, foi demonstrado que pessoas com mais funções neurológicas e psicológicas apresentam deficiências dessa vitamina, que pode ser encontrada em alimentos como carne bovina, peixe ou aves, entre outros.

Vitamina B9: Preserva a função cognitiva e a perda de memória, segundo pesquisa publicada na Revista Española de Nutrição Humana e Dietética. Alimentos como gema de ovo, espinafre ou sementes estão entre os que fornecem vitamina B9.

Vitamina B12: Contribui para o funcionamento normal do sistema nervoso e melhora as funções cerebrais e cognitivas, especialmente em pessoas idosas. Um estudo mostrou que a deficiência dessa vitamina pode causar demência.

Os alimentos que contêm altos níveis de vitamina B12, segundo a Clínica Mayo, incluem: “produtos de origem animal, como peixes, carnes magras, aves, ovos e leite desnatado e semidesnatado. uma “Uma boa fonte de vitamina B12 e outras vitaminas B.”

Vitamina C: Participa na produção de neurotransmissores. Encontrado em frutas cítricas, bagaço, batata doce, tomate, pimentão, repolho, couve de Bruxelas, brócolis e espinafre.

Vitamina D: A deficiência desta vitamina está associada ao baixo estado de espírito e ao declínio do desempenho cognitivo, por isso é considerada uma das melhores vitaminas para a memória. A maneira mais fácil de obtê-lo é expondo-o ao sol de 20 a 30 minutos por dia; Porém, existem locais onde não é possível e necessário tomar suplementos para complementar a alimentação. Também é encontrado em alguns alimentos como leite, sal ou alguns cereais.

Vitamina E: É uma das mais importantes na prevenção do declínio cognitivo, como mostram diversas pesquisas. “Alguns alimentos ricos em vitamina E incluem óleo de canola, óleo, margarina, amendoas e amendoínas. Também é encontrada em carnes, alimentos latinos, vegetais folhosos e cereais fortificados”, conta à Clínica Mayo.

 

Vitamina K: Sua principal função é a coagulação sanguínea, e vários estudos mostram que tem potencial para influenciar o comportamento psicomotor e a cognição. Alimentos de origem animal e vegetal, como gema de ovo, vegetais de folhas verdes, couves, gérmen de trigo ou soja, mas também alguns alimentos que contenham vitamina K.

Fonte: Gazeta Brasil

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