O presidente do Senado Federal, no entanto, saiu pela tangente ao ser questionado se tem o desejo de concorrer ao governo estadual
Já começou a ser desenhado o quadro para a disputa pelo comando de Minas Gerais nas eleições de 2026. Durante café com jornalistas, na manhã desta sexta-feira (22), o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), saiu pela tangente ao ser questionado se tem o desejo de concorrer ao governo estadual, mas contou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer que ele seja o candidato.
“Solucionar essa questão da dívida é fundamental para o futuro do Estado. Se esse problema não for solucionado, o Estado vai ficar ingovernável. A gente tem que avaliar como vai ser o futuro, qual vai ser a disposição, e acertar isso. Mas, por ora, eu não estou movendo nenhuma ação (da dívida) por motivação disso”, garantiu ao ser questionado sobre a aproximação com o petista para tratar sobre o débito bilionário do Estado com a União. Ele completou ainda que o pleito nacional está longe.
“Se você me perguntar hoje se quero ser ou não candidato, eu diria a você que não seria. Mas, obviamente, a gente está na política e tem que ter responsabilidade com o Estado, e lá na frente a gente avalia”, completou lembrando na época que concorreu ao Senado, em 2018, ele tomou a decisão de disputar o pleito somente um ano antes, quando estava na posição de deputado federal e na presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Segundo ele, o posto deu visibilidade a ele à época e o ajudou a ser eleito. A visibilidade de agora, em que ele está pautando temas de ofensiva ao Supremo Tribunal Federal (STF) e criticando o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), “carrega muita negatividade também”. “A política do Estado é muito polarizada. Então, podem surgir nomes para Minas Gerais, nomes novos, então vamos ter calma. Minha relação com Lula é boa, ele verdadeiramente quer, ele fala comigo sobre eleição de Minas”, disse.
Ao ser questionado reiteradamente se Lula o quer para a corrida ao Palácio da Liberdade, Pacheco desconversou, brincou e pediu para que os jornalistas questionassem o petista. Contudo, ele explicou que a relação do PT e PSD no Estado é natural: “Nós (PSD) vamos apoiar uma candidatura do Lula (à reeleição) no futuro. Alexandre Silveira é ministro (Minas e Energia). Ele tem uma afinidade com a gente. Se ele for candidato à reeleição ou tiver um candidato dele, é natural que vamos estar com ele”. Hoje, o PSD compõe a base do Palácio do Planalto no Congresso Nacional.
Foto: Pedro França / Agência Senado
Fonte: O Tempo