A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado para investigar a responsabilidade da petroquímica Braskem sobre a crise ambiental que resultou no afundamento de bairros em Maceió (AL) foi instalada e tem presidente e vice. Omar Aziz (PSD-AM) ocupará o primeiro cargo, enquanto Jorge Kajuru (PSB-GO) vai desempenhar o segundo.
O escolha do relator da CPI foi adiada. O senador Renan Calheiros (MDB-AL) é o mais cotado, mas o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o próprio governo não veem com bons olhos o nome dele. A CPI foi proposta por Calheiros.
A previsão é que os depoimentos comecem apenas em 2024, depois do recesso parlamentar.
O colegiado investigará a atuação da empresa petroquímica dona das minas de sal-gema que causam o afundamento de bairros inteiros em Maceió. Uma das minas, no bairro de Mutange, já afundou mais de dois metros após sucessivos tremores no último mês. Mais de 60 mil moradores já precisaram deixar a região das minas, em um drama que segue em andamento.
Apesar da crise, o governo federal tem sido reticente sobre a instalação da CPI. O receio dos governistas é que as investigações acabem respingando na Petrobras, segunda maior acionista da Braskem. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a classificar a companhia como uma “empresa importante” para o Brasil, de acordo com a coluna Igor Gadelha, do Metrópoles.
Composição da CPI da Braskem
A comissão é composta por 11 membros titulares e sete suplentes e tem, inicialmente, 120 dias para colher depoimentos. O prazo pode ser prorrogado pelo presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O senador leu o requerimento que autoriza o início da CPI em outubro.
O bloco composto por União Brasil, MDB, Podemos, PDT e PSDB tem direito a quatro vagas titulares e três suplentes. Já o bloco Rede, PT, PSB e PSD também tem direito a quatro vagas titulares, mais duas suplentes.
O bloco formado pelo PL e Novo tem direito a duas vagas titulares e um suplente, e o grupo formado pelo PP e Republicanos pode indicar um titular e um suplente.
Fonte: Site Metrópoles e Terra Brasil Notícias