Haddad na COP28: ‘Brasil precisa de mais de um US$ 1 trilhão nos próximos 10 anos para custear transformação ecológica’
INTERNACIONAL
Publicado em 01/12/2023

 

Durante discurso na COP28, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Brasil precisa de investimentos adicionais da ordem de US$ 130 a US$ 160 bilhões por ano, ao longo da próxima década, para custear uma “transformação ecológica”, ou seja, um valor total que ficaria entre US$ 1,3 trilhão e US$ 1,6 trilhão no período.

Realizada nesta sexta-feira (01), a fala do petista foi feita, de acordo com ele, com base em estudos do setor privado.

Os valores citados por Haddad, convertidos pela cotação atual do dólar (aproximadamente R$ 4,94), representam um aporte necessário entre R$ 6,4 trilhões e R$ 7,9 trilhões nos próximos 10 anos.

O petista afirmou que esses recursos seriam investidos em infraestrutura para adaptação, energia, indústria e mobilidade.

“A boa notícia é que temos um histórico de capacidade de mobilização de investimentos e de criação de infraestruturas sustentáveis. Se hoje somos um gigante das energias renováveis, é graças a investimentos públicos”, disse Haddad após citar os valores.

De acordo com o ministro da Fazenda do Brasil, os estudos também indicam que a transformação ecológica poderia gerar de 7,5 a 10 milhões de empregos em todos os setores – com enfoque no segmento de bioeconomia, agricultura e infraestrutura.

Em seu discurso, Haddad também disse que o plano de transformação ecológica é uma proposta do Sul Global por uma nova globalização.

“Uma globalização que seja ambientalmente sustentável e socialmente inclusiva. A reformulação dos fluxos financeiros globais passa pela afirmação do Sul como centro da economia verde”, afirmou o petista.

Haddad também afirmou que é preciso unir esforços para evitar medidas protecionistas e a fragmentação geopolítica.

“A prosperidade de uns poucos diante da miséria e da devastação ambiental de muitos se torna cada vez mais insustentável em um mundo em emergência climática”, disse o ministro ao concluir seu discurso.

Fonte: Gazeta Brasil

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