Na Avenida dos Expedicionários, num maltratado cercadinho carente de pintura, fica um pequeno marco de concreto, com uma placa na qual constam os nomes de leopoldinenses que fizeram parte da Força Expedicionária Brasileira (FEB).
 
A FEB foi enviada à Europa, em 1944, para ajudar as tropas Aliadas a combater as forças nazi-fascistas. 
 
Aquele marco de pedra existe na cidade justamente para homenagear os combatentes que colocaram a vida em risco em prol da democracia e da libertação da Europa do jugo de regimes totalitários.
 
Se a cultura e a preservação do patrimônio histórico do município fossem uma prioridade das autoridades, certamente aquele local não estaria abandonado. Além dos cuidados básicos, haveria ali uma estátua de bronze representando nossos pracinhas, o local teria limpeza e iluminação decente, algo que valorizasse mais o lugar e destacasse o simbolismo inerente ao monumento.  
 
Espaços para a preservação da memória não existem apenas para embelezamento urbano. O valor histórico que eles possuem têm função pedagógica, transmitem valores e são repletos de significados que fazem parte da identidade de um povo. Repito, um memorial da FEB pode evocar a luta contra o totalitarismo e o nazi-fascismo, o que por si só explicita uma virtude que precisa ser resgatada e cultivada em qualquer sociedade que aspire por democracia e justiça social. 
 
(*) Professor e Historiador, Mestre em História 

Fonte: Jornal Leopoldinense