O animal chama a atenção pelas cores brilhantes das escamas, com tom de amarelo dourado e pintas que lembram a pele de um felino. Isso inspirou os pesquisadores. A espécie de piranha faz parte da família do Pacu.
"Nós apresentamos nesse congresso essa nova espécie. Ela não tem um nome ainda, porque só vai ser dado quando nós publicarmos numa revista científica. Como ela tem manchinhas, nós tínhamos duas sugestões, Onça e Jaguar, e recebemos a terceira sugestão, Juma. Nós fizemos essa votação no congresso e depois na internet, e o nome Juma foi escolhido", contou a doutora em zoologia, Cecile Gama, pesquisadora do Iepa.
A espécie que integra a família das piranhas vive nos rios de águas turvas da Amazônia, e é considerada endêmica.
"Nós temos exemplares desse mesmo grupo no Rio Tapajós e no Rio Madeira. Aqui no Amapá, ela foi encontrada no Rio Jari e no Rio Oiapoque. Provavelmente com o tempo ela vai ser encontrada em outras coleções, vai ser classificado e essa distribuição vai aumentar", pontuou Cecile.
A piranha se alimenta basicamente de outros peixes, camarões, animais mortos, insetos e folhas. Segundo Cecile, as visitas em campo que são feitas periodicamente são de fundamental importância, mas existem dificuldades para realização das pesquisas e conservação das espécies.
“Nós temos uma diversidade muito grande de peixes na Amazônia, a maior parte dela ainda é desconhecida e nós precisamos investir em mais trabalhos, mais pesquisas, para nós conhecermos toda essa diversidade. Aqui no Amapá nós temos um acesso muito difícil, a logística para chegar aos locais é muito complicado. É um trabalho minucioso, que precisa de trabalho de campo muito custoso, precisa de trabalho de laboratório e nós não temos equipe”, descreveu a especialista.
Fonte: G-1