Mas a principal reação política de aliados do Centrão de Bolsonaro, no Congresso – os verdadeiros caciques do bloco e donos da pauta – foi a seguinte: o youtuber tem razão no que diz quando provoca o presidente da República com uma frase que sugere que o chefe do Executivo é submisso e comandado pelos pleitos e demandas do bloco.
Mas o Centrão diz que o recado do youtuber não é apenas para o atual presidente da República- é para qualquer um que se eleja como chefe do País.
Um dos mais importantes aliados de Bolsonaro, da cúpula do Congresso, ironizou e resumiu assim a polêmica: "Mas ele tá errado? Quem não vai ser tchutchua do Centrão?".
Com o favoritismo de Lula se repetindo nas pesquisas atuais - o que são fotografias do momento - o Centrão reforça o jogo duplo: Faz o que pode para reeleger Bolsonaro – pois terá mais poder com o presidente da República - mas já dá sinais nos bastidores de que, se for Lula o eleito, o petista sabe que não vai governar sem o bloco.
A não ser que crie o seu próprio Centrão com outros partidos, uma espécie de "Centrão do B", como ironizam parlamentares.
Se for Lula, Arthur Lira, por exemplo, que nunca conversou com o petista pode ver patrocinado um adversário pelo Planalto para derrotar sua reeleição à presidência da Câmara.
Mas líderes do Centrão lembram que, toda vez que o PT tentou interferir na disputa pelo comando da Câmara, foi derrotado e, num dos mais emblemáticos casos, enfrentou um inimigo no comando dos deputados: Eduardo Cunha.
Por isso, o Centrão já pisca nos bastidores para interlocutores de Lula - e esta semana em Brasília, por causa da posse no TSE, foi recheada de encontros reservados entre esses campos políticos - para sinalizar que, se Lula ganhar, ninguém vai fechar porta ou recusar convite para conversar. Não fizeram no passado, não farão agora.
Fonte: G-1