Entre as capitais, o índice mais alto foi visto em Manaus (45%), e o mais baixo, em Curitiba (16%).
A pesquisa "PeNSE" já teve quatro edições: 2009, 2012, 2015 e 2019. O levantamento teve algumas variações de metodologia e amostra ao longo dos anos, mas, desta vez, o IBGE implementou estratégias que permitiram a combinação dos dados das quatro edições da pesquisa, segundo o instituto.
Também cresceu, na década analisada, o número de estudantes insatisfeitos com o próprio corpo: a proporção dos que se julgavam gordos ou muitos gordos foi de 17,5% para 23%, enquanto a dos que se consideravam magros ou muito magros foi de cerca de 22% para 29%.
O percentual de adolescentes que sofreram agressão física por um adulto da família também aumentou: de 9,4%, em 2009 para 11,6% em 2012 e 16% em 2015.
Mais uso de drogas e álcool, com menos cigarros
A pesquisa também apontou que mais adolescentes passaram a experimentar álcool e drogas, mas menos consumiram cigarros:
A experimentação de bebida alcóolica cresceu de cerca de 53% em 2012 para 63% em 2019. O aumento foi mais intenso entre as meninas, que saíram de 55% em 2012 para 67% em 2019. Para os meninos, o indicador foi de 50% em 2012 para quase 59% em 2019.
Já para as drogas, a experimentação ou exposição ao uso subiu de 8% em 2009 para 12% em 2019.
O uso de cigarros ao menos em um ou dois dias nos 30 dias antes da pesquisa caiu de cerca de 17% em 2009 para 13% em 2019.
Falta de pia e sabão nas escolas públicas
Ainda segundo o levantamento do IBGE, enquanto 98,2% dos adolescentes que estudavam na rede privada tinham pia em condições de uso e com sabão em suas escolas, somente 63,7% dos adolescentes das escolas públicas contavam com isso.
Por outro lado, a quantidade de alunos do 9º ano com acesso à internet em casa aumentou: em 2009, esse percentual era de cerca de 53%; em 2019, quase 94% tinham acesso.
O acesso, entretanto, é diferente entre as capitais conforme as regiões: os menores índices estão no Norte e no Nordeste – principalmente em Teresina, São Luís e Macapá. Já Vitória, Florianópolis e Curitiba tiveram os maiores percentuais de acesso.
Fonte: G-1