Caio Paes de Andrade, assessor do ministro da Economia, Paulo Guedes, deve assumir o cargo de presidente da Petrobras, após a renúncia de José Mauro Coelho. A expectativa é que isso ocorra ainda nesta semana.
Inicialmente, Andrade será interino. Depois, assumirá o cargo de maneira permanente.
Andrade foi escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para a presidência em maio como forma de o governo segurar o preço dos combustíveis.
Coelho renunciou também ao cargo de conselheiro da Petrobras, cadeira necessária para ele ser presidente da estatal. O Conselho, então, escolherá Caio Andrade como conselheiro-tampão. E, em seguida, o indicará para o cargo de presidente interino.
Ele ficará nessa posição até ser realizada uma assembleia geral extraordinária de acionistas, que efetivará a nomeação de Paes de Andrade como conselheiro e também como presidente.
Viu isso? Combustíveis: preços já começam a subir em vários postos
Caio Paes de Andrade foi escolhido por Bolsonaro e pelo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachida, para garantir que os preços dos combustíveis não suba. Ele já indicou uma renovação quase completa no Conselho de Administração da empresa e deve também trocar quase toda a diretoria.
Andrade é homem de confiança do ministro de Guedes. Ele será o quarto executivo a comandar a estatal em menos de quatro anos do governo Bolsonaro, que, incomodado com o impacto dos preços dos combustíveis em sua popularidade, troca o comando da estatal pela terceira vez.
Entre os desafios que Paes de Andrade terá de enfrentar estão justamente a pressão de Bolsonaro para conter preços do diesel e da gasolina e trâmites legais que podem apontar que sua indicação fere a Lei das Estatais.
Saiba mais: Petrobras: Conselheiro propõe congelar preço por 45 dias e criação de grupo de trabalho
Paes de Andrade é formado em Comunicação Social pela Universidade Paulista, pós-graduado em Administração e Gestão pela Harvard University e Mestre em Administração de Empresas pela Duke University.
No Ministério da Economia, atuava como secretário de desburocratização, onde tocou pautas como a reforma administrativa, que empacou no Congresso. Inexperiente no setor de energia, seu nome ganhou impulso pelo trabalho feito na implementação da plataforma gov.br, considerada uma revolução digital.
Fonte: Jornal Extra