A Prefeitura de Juiz de Forax confirmou nesta segunda-feira (15) duas mortes por dengue grave. Um dos casos foi uma adolescente de 13 anos, que morreu neste sábado (13). A outra morte, de uma idosa de 73 anos, foi registrada no fim de janeiro. Já a Secretaria de Estado de Saúde informou que esses casos ainda não foram contabilizados.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que a adolescente contraiu a doença na cidade. Uma equipe da secretaria está fazendo o bloqueio na região onde ela morava.
O município está em situação de emergência desde janeiro e, nesta segunda-feira, começam a funcionar um dos dois centros de hidratação para o atendimento das pessoas com sintomas de dengue, zika e chikungunya.
Segundo a Superintendência Regional de Saúde em Juiz de Fora, a idosa apresentava cardiopatia no dia 16 de janeiro, sendo diagnosticada com dengue no dia 21 e morrendo dois dias depois. Já a adolescente foi diagnosticada com dengue no dia 10 de fevereiro.
De acordo com a assessoria do Hospital Santa Casa de Misericórdia, a adolescente de 13 anos foi internada às 18h30 deste sábado e morreu às 20h55. Segundo nota divulgada pela instituição, a dengue hemorrágica foi diagnosticada durante a internação e notificada para a Vigilância Epidemiológica do município.
A vítima era a filha única do vice-diretor da Escola Municipal Gabriel Gonçalves da Silva, no Bairro Ipiranga. A escola começa o ano letivo nesta segunda, após um foco de dengue ter sido encontrado no telhado da vizinhaEscola Municipal Ipiranga no início do mês.
Segundo diretora da Escola Municipal Gabriel Gonçalves da Silva, Cláudia Valssis, a adolescente era filha única do vice-diretor. O sepultamento foi realizado na tarde deste domingo (14) no Cemitério Parque da Saudade. A família mora no Alto dos Passos.
“Ele também está com dengue. Os dois iam juntos receber hidratação na Santa Casa. No sábado, ela passou mal durante o atendimento, foi socorrida, mas não resistiu. Ele está arrasado. Vamos aproveitar a volta às aulas para realizar uma conscientização com os alunos”, explicou.
Lixo não recolhido
No sábado, moradores dos bairros Ipiranga, onde fica a escola, e Jardim Gaúcho, denunciaram que fizeram um mutirão de limpeza, mas os materiais que poderiam se tornar criadouros de larvas do mosquito não foram recolhidos. No local, havia carteiras, geladeira e até privada.
Cláudia Valssis, explicou que o recolhimento foi realizado no domingo (14). “Foram retirados sete caminhões do lixo que foi colocado próximo à escola pela equipe do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb). Ficaram de mandar um caminhão-pipa para fazer a limpeza da escola”, afirmou.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde destacou que as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti são realizadas em todas as regiões do município. Os agentes de endemias percorrem os bairros realizando tratamento focal dos possíveis criadouros do mosquito.
Fonte: G1 Zona da Mata