Também nesta terça, a polícia divulgou imagens das câmeras do quiosque onde o congolês foi espancado até a morte.
As imagens mostram que Moïse Kabagambe recebeu ao menos 30 pauladas dos agressores — parte delas enquanto estava imobilizado no chão, sem chance de defesa.
As imagens mostram que as agressões começam depois de uma discussão entre um homem que segura um pedaço de pau e o congolês, que levanta objetos do quiosque como uma cadeira e um cabo de vassoura.
Em um momento, Moïse mexe em um refrigerador, e aí se aproximam mais dois homens. Um deles o derruba e, na sequência, começa a sessão de agressões. Em vários momentos é possível ver que o congolês não oferece mais resistência enquanto leva mais golpes com um pedaço de madeira.
Dono do quiosque foi ouvido
Agentes da Divisão de Homicídios do Rio ouviram nesta tarde o dono do quiosque Tropicália, onde o Moïse Kabagambe trabalhou como atendente.
O g1 apurou que ele foi ouvido na 16ª DP (Barra da Tijuca) para evitar a imprensa, que aguardava na própria DH.
A defesa do dono do quiosque afirma que ele não conhece o homem que afirmou ter agredido o congolês e nem os outros que aparecem no vídeo de segurança do estabelecimento agredindo Moïse.
O dono do quiosque também negou que havia dívidas do quiosque com Moïse. Segundo sua defesa, ele estava em casa quando o congolês foi espancado e apenas um funcionário do estabelecimento estava no local no momento das agressões.
O imigrante morreu espancado, segundo parentes, depois de cobrar um pagamento atrasado. O corpo dele foi achado amarrado em uma escada do quiosque.
Fonte: G-1