Criminosos no Rio vendem cédulas falsas em redes sociais, dão desconto e oferecem até delivery
DIVERSOS
Publicado em 25/01/2022

 

Criminosos no Rio estão anunciando cédulas falsas de real nas redes sociais em perfis abertos. Falsificadores dão desconto conforme o valor encomendado e oferecem até delivery.

Um deles exibe até uma tabela de preços: R$ 200 falsos custam R$ 75; R$ 500 em fakes saem por R$ 150, e R$ 5 mil em cédulas frias ficam por R$ 700.

 

Outro garante que suas notas de 50 e de 100 “passam nos testes”. Um terceiro alardeou uma promoção: “Hoje tá com 20% de desconto em todos os pacotes. O patrão ficou maluco!”, escreveu.

RJ1 trocou mensagens com um dos criminosos, simulando interesse nas notas. O falsificador promete entrega rápida, até no mesmo dia.

“Vai chegar agora mesmo aí, estou segurando o motoboy aqui. Entrega vai ser agora mesmo, mesmo dia. Vai seguir agora”, afirmou.

A reportagem encerrou a conversa e não prosseguiu com o negócio.

 

Vinte flagrantes por semana

 

 

Desde 2019, a Polícia Federal (PF) apreendeu mais de R$ 15 milhões em notas falsas em todo o país. São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e o Distrito Federal lideram o ranking de apreensões.

“Nos últimos 18 meses, a PF desbaratou oito laboratórios no Brasil. Houve uma redução de aproximadamente 20% das ocorrências no auge da pandemia, mas agora já retornamos aos patamares anteriores”, afirmou João Garrido, delegado regional da Polícia Federal da Delegacia de Combate ao Crime Organizado do RJ.

A PF disse ainda que monitora as redes sociais e que tem feito em média 20 flagrantes por semana. Ainda segundo a corporação, não existe nota falsa que não possa ser identificada.

A pena para quem comete o crime de moeda falsa pode chegar a 12 anos de prisão.

 

“É importante frisar que não apenas quem fabrica comete o crime e se sujeita a essas penas, mas também quem adquire e quem troca comete o crime da mesma forma”, destacou Garrido.

O que dizem os envolvidos

 

 

Twitter disse que tem regras que determinam os conteúdos e comportamentos permitidos no serviço. E que qualquer violação está sujeita às medidas cabíveis. A plataforma afirmou que tem sido proativa em detectar potenciais violações às políticas e que também recebe denúncias. As contas mostradas na reportagem foram suspensas.

Instagram disse que esses tipos de atividades criminosas não são permitidos na plataforma e violam as diretrizes da comunidade. E afirmou que trabalha com combinação de inteligência artificial e revisores humanos para identificar esse tipo de conteúdo.

RJ1 também pediu um posicionamento do Facebook, Telegram e WhatsApp, mas, até a última atualização desta reportagem, ainda não tinha havido retorno.

 

 

Fonte: G-1

 

 

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