Para o Ministério da Economia, é a política que decide de onde tira e para onde irão os recursos, já que os técnicos não interferem na política. O reajuste a policiais federais é uma demanda do presidente Bolsonaro, que quer agradar parte de sua base eleitoral.
Em novembro, Bolsonaro disse que daria aumento generalizado ao funcionalismo público. O ministro da Economia chegou a dizer ao presidente que não havia mais espaço no orçamento para nenhuma despesa. Alinhado à posição de Guedes, o Congresso também reagiu, afirmando não ver espaço para o gasto com o funcionalismo. O presidente, então, pediu a Guedes que organizasse um aumento para categorias localizadas, onde ele tem apoio eleitoral – como os policiais federais. No caso dos policiais, o parecer do relator, do Orçamento divulgado na segunda-feira (20), não indicava recursos para o aumento de salário.
Nesta terça-feira, porém, as negociações avançaram e, segundo interlocutores do Congresso Nacional, pode ser disponibilizado R$ 1,7 bilhão para essa finalidade. O valor, se confirmado, ficará abaixo do proposto pela área econômica na semana passada (R$ 2,8 bilhões), com base em pedido feito pelo presidente Jair Bolsonaro.
Lideranças da cúpula do Congresso ouvidas pelo blog disseram que cabe ao governo resolver a questão com policiais – e que temem a pressão de outras categorias, que não terão aumento, por novos reajustes.
O impasse segue em discussão entre lideranças do Congresso e integrantes do governo Bolsonaro.
Fonte: G-1