Seis pessoas morreram no acidente, segundo informações da Polícia Civil, atualizadas até o fim desta tarde. Entre as vítimas, está a filha do motorista, de oito anos, e a agente de saúde Solange Santana Novaes.
Outras 48 pessoas foram resgatadas no local com ferimentos, algumas delas com casos de amputação de membros, segundo os bombeiros. No registro da Polícia Civil conta que duas pernas humanas foram encontradas no local e encaminhadas ao IML.
Entre as vítimas, 34 foram socorridas para a Santa Casa de Ubatuba. Outras nove foram levadas para o Hospital Regional, em Taubaté. De acordo com a unidade, uma delas é uma criança e três estão em estado grave.
O acidente ocorreu por volta das 6h30 no km 75 no trecho de serra da rodovia na altura de São Luiz do Paraitinga.
De acordo com uma das passageiras, o motorista teria tentado desviar de um veículo e, em seguida, acessou uma curva, perdeu o controle e tombou o ônibus.
A rodovia ficou interditada por cerca de dez horas até às 16h deste sábado, quando o veículo foi destombado e retirado da pista. Segundo a Polícia Rodoviária Estadual (PRE) o congestionamento chegou a 20 quilômetros.
O horário do acidente era apontado pela polícia como de pico para a saída do feriado prolongado de Proclamação da República para Ubatuba.
Proibido ônibus na Oswaldo Cruz
Segundo sobreviventes, na madrugada o motorista seguia pela Oswaldo Cruz quando foi parado por agentes do Departamento de Estradas e Rodagem (DER) que pediram que ele retornasse, já que é proibido o trânsito de ônibus na estrada.
Isso porque, por causa destas condições, o tráfego de caminhões e ônibus, superiores a sete metros de comprimento e pesando mais de sete toneladas é proibido na Oswaldo Cruz desde 2014, após uma portaria do Departamento de Estradas e Rodagem (DER).
O acidente aconteceu quando o motorista retornava, no sentido Taubaté. O coletivo era fretado da empresa Viação Arca e havia saído no início da madrugada de Pinheiros, na capital, com destino a Paraty, no Rio de Janeiro. O ônibus era um modelo de dois andares e levava 66 passageiros.
Apesar de transportar os passageiros por um local proibido para ônibus, o coletivo estava com as licenças em dia, segundo a Artesp.
Em nota, a empresa Viação Arca informou que lamenta o ocorrido, que está dando suporte às vítimas. Disse ainda que "não há como precisar a causa do acidente, apenas após a conclusão do laudo da perícia científica".
Fonte: G-1