Na ligação, ela diz que saiu escondida de casa para fazer a ligação para a polícia e que para se defender das agressões, apertou o testículo do marido.
Veja a transcrição da ligação:
A Polícia Militar levou cerca de 20 minutos para chegar no local. A Central de Emergência recebeu a ligação às 21h35 e a viatura foi para o local às 21h53, chegando no apartamento às 22h04, segundo a Polícia Militar.
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O casal está em processo de separação. O inquérito sobre o caso foi enviado pela polícia ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) no dia 8 de julho.
Como Pivetta tem foro privilegiado, o MPSC solicitou declinação de competência para o Tribunal de Justiça (TJ) sobre os autos e o Juízo da Comarca irá avaliar o pedido e remeter os autos para a análise na instância superior, caso entenda que o caso deve ser apurado pelo TJ. Procurado pelo G1 nesta quinta, o TJSC não passou informações sobre o caso.
Defensores públicos do Grupo de Atuação Estratégica em Defesa dos Direitos da Mulher (Gaedic) de Mato Grosso enviaram uma carta ao governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), e ao secretário de Segurança do estado, Charles Alexandre Vieira, na semana passada pedindo apuração. Até a noite desta quarta, o governo não confirmou se recebeu o pedido.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina confirmou o recebimento da carta e informou que o documento foi encaminhado "à Polícia Civil, responsável pelas investigações". A assessoria do governador não retornou.
O laudo de corpo de delito comprovou a agressão sofrida pela mulher no apartamento de veraneio da família. O exame foi feito pelo Corpo de Bombeiros e apontou escoriações e hematomas na cabeça, nos braços e dedos, nos lábios e nas coxas de Viviane Kawamoto Pivetta. O laudo também mostra que Pivetta apresentava escoriações no pescoço, tórax, mão esquerda e na genitália.
A advogada Viviane Kawamoto Pivetta chegou publicar no perfil dela em uma rede social no início do mês uma mensagem dizendo que foi pressionada pela secretária de Comunicação do Mato Grosso, Laice Souza, a gravar um vídeo desmentindo a denúncia de agressão contra o marido. A secretaria por sua vez negou que tenha pressionado a mulher.
Procurada no dia 4 de agosto, a Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) se manifestou em nota informando que repudia qualquer tipo de violência contra a mulher. Explicou ainda que diante de uma solicitação feita pelo atendimento 190, os agentes se deslocaram até o local e fizeram o atendimento de forma protocolar, conforme os procedimentos operacionais padrão da instituição.
O que diz a defesa do vice-governador
A defesa de Otaviano Pivetta enviou nota relacionado ao áudio. Veja na íntegra:
“O vice-governador Otaviano Pivetta nega suposta agressão contra a ex-esposa Viviane Kawamoto. Em respeito às partes, repudiamos o vazamento de áudio que, de maneira seletiva, pode induzir e prejudicar a resolução do caso que corre em segredo de justiça”, afirma o advogado Rodrigo Cyrineu.
Fonte: G-1